A volta do Turismo após a crise do Covid-19

Publicado em: 30 de agosto de 2020

O ano de 2020 era visto como um período de melhora e crescimento na atividade econômica brasileira. Todavia, a Pandemia do novo coronavírus declarada em março pela Organização Mundial de Saúde, bem como pelo Estado de Calamidade Pública reconhecido pelo Governo Federal, veio na contramão destas expectativas, reprimindo a esperança deste avanço no Brasil e em todo o mundo.

As consequências experimentadas por este fato nos acompanham desde o início do ano, causando grandes prejuízos sem precedentes a diversos setores. Destaca-se, aqui, o setor de turismo, representante, segundo o IBGE, de 3,71% do PIB brasileiro, e drasticamente afetado em diversas vertentes. Viagens foram e ainda são postergadas, e empresas enfrentam adequação de suas operações e agendas, remarcando hospedagens e embarques.

No Brasil, apesar dos primeiros casos oficiais surgirem no mês de fevereiro, somente nos meses de março e abril, com o aumento da curva de infecção, os primeiros danos a este setor foram sentidos.

Entretanto, o cenário possui boas perspectivas de retomada. Especialistas apontam que há a previsão para o aumento de viagens regionais, com diversos fatores corroborando tal mudança. Viajantes tenderão a se manter próximos de casa, trazendo um novo fôlego a comércios regionais, grandes afetados nesta crise.

As viagens para o exterior enfrentarão a barreira ocasionada pelo aumento do dólar, sendo um grande fator para o aumento de viagens nacionais, inclusive. Apesar disso, várias empresas realizaram promoções de passagens aéreas com possibilidade de remarcação, com intuito de não desaquecimento do setor, tendo em vista que a melhora do cenário é cada vez mais palpável.

Em estudo realizado pelo grupo G5, com mais de mil entrevistados, percebeu-se que há forte tendência da retomada de viagens após o fim do isolamento. Porém, a mesma pesquisa informa que haverá mudanças de comportamento, devendo as empresas estabelecerem suas normas, a ponto de satisfazer tais mudanças.

Conforme tal tendência, espera-se o retorno, em primeiro lugar, das viagens domésticas. Pesquisas feitas pela Cap Amazon, portal Mercado & Eventos, bem como em matéria divulgada pelo Ministério do Turismo (MTur), há grande preferência para destinos nacionais e pouco procurados.

O Ministério do Turismo também coordena o Plano de Retomada do Turismo Brasileiro, o qual reúne diversas ações a serem articuladas juntamente a setores público e privado.

No mês de maio, empresas de turismo cadastradas no Cadastur, do próprio MTur, já puderam ter acesso a parte do valor dos R$ 5 bilhões liberados pelo Governo Federal ao Fundo Geral do Turismo, recurso que objetiva apoiar as empresas do setor.

Com relação ao cuidado com o próprio turista, peça-chave para esta retomada, o MTur lançou o selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro”. Referido selo é oferecido a estabelecimentos, como hotéis, pousadas, pontos turísticos, que atendam aos pré-requisitos sanitários estabelecidos pelo Ministério do Turismo, a fim de transmitir aos turistas segurança e atendimento ao cumprimento das normas da OMS.

Os profissionais da área afetados pela crise podem se informar sobre os incentivos ofertados pelo Governo Federal para auxílio nesta fase inicial de recuperação.

Secretarias municipais por todo o país também buscam alavancar o turismo. Um bom exemplo é Gramado/RS, que não alterou seu calendário para o segundo semestre de 2020, também permitindo o aluguel de temporada.

Diversas Secretarias também já liberam o turismo aos poucos. A maioria das cidades do litoral brasileiro voltaram a permitir a prática de exercícios físicos e surf, com possíveis decretos que visam à autorização de cada vez mais visitas, de acordo com a diminuição do número de casos.

Desta forma, há orientações para que as viagens sejam remarcadas, ao invés de canceladas. Gradativamente, as medidas preventivas contra o covid-19 são amenizadas, com atenção às normas de saúde, e o turismo, principalmente local, aos poucos vai retornando à sua normalidade.

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